O movimento do IBOV nas duas últimas semanas reflete claramente uma fraqueza momentânea do mercado brasileiro.
Desde o crash de março seguimos de perto a recuperação dos índices americanos. Veja o comparativo: Nasdaq, S&P, DJI e IBOV (na ordem, de cima para baixo).

Todavia, perceba no gráfico seguinte (ampliado) que, enquanto os índices americanos subiram no período mais recente, a bolsa brasileira caiu 6% – a primeira divergência mais consistente desde março.

Nos últimos dois posts já tinha comentado que o IBOV perdeu momentum. E isso fica cada vez mais nítido nos gráficos.
O saldo de volume também favorece um mercado mais fraco na alta.

E mais. Vários ativos importantes do IBOV já estão em correção mais acentuada.
A perda ou não dos 100 mil pontos será o divisor de águas. Para ser mais exato, o suporte imediato está em 98 mil pontos junto com a média móvel de 200 períodos.
Se perdemos esse patamar, o mercado deverá buscar os 90 mil pontos e, quem sabe, os 83 mil pontos – suportes importantes.
E curiosamente, uma correção mais aguda no IBOV seria muito importante para aliviar o estado sobrecomprado da bolsa brasileira no atual cenário, o que melhoraria a margem de segurança para o investimento em ações, atraindo mais investidores.
Por outro lado, caso o IBOV mostre força na faixa dos 98 / 100 mil pontos, poderemos voltar a subir e de maneira intensa.
Fique atento aos principais fatores de combustão para o movimento do IBOV:
- Melhora ou piora do cenário político-econômico no Brasil.
- O caminho dos índices americanos.
Para mim, o mais relevante será o movimento das bolsas no mercado externo. Tenho total convicção de que o IBOV ainda não recuou mais fortemente pela resiliência do mercado externo que está rondando suas máximas.
Por último, um comentário sobre o dólar. Nas últimas semanas, a faixa dos 5,48 segurou o câmbio, porém se rompida, o dólar poderá testar novos picos, especialmente se o cenário fiscal piorar.
MJR
