Tivemos um mês de abril muito agitado (e sangrento).
O IBOV fez o topo em 121 mil pontos no primeiro dia do mês e depois só caiu.
Quatro semanas consecutivas em baixa: queda no mês de mais de 10%. A pior performance mensal recente. Veja:

Todavia, o IBOV fechou o mês de abril em cima do suporte: por volta de 108 mil pontos.
Vários fatores poderiam ser elencados para essa queda, mas cito aqui os principais:
A inflação continua forte nos EUA e isso obrigará o FED a acelerar o aumento de juros.
A Guerra na Europa segue sem solução e a cada dia mais perigosa.
O lockdown na China pode piorar as expectativas inflacionárias e afetar as cadeias produtivas.
Resultados ruins de algumas Big Techs americanas, especialmente da Amazon e Netflix.
Por aqui, os Estrangeiros reduziram os aportes na B3 e a tensão política das eleições está apenas no começo.
Tudo isso aumentou a aversão aos ativos de risco.
Como comentado, graficamente o IBOV está num suporte. Em virtude do estado sobrevendido do índice algum repique de alta é esperado. Alvo principal em 115 mil pontos.
Para a tendência de baixa no gráfico diário ser instalada o IBOV precisa repicar e depois fazer um fundo mais baixo.
Assim, se o suporte for perdido, o próximo está em 100 mil pontos (fundos de janeiro de 2022 e novembro de 2021).
O movimento de abril deixou o mercado brasileiro muito perigoso. Vínhamos numa sólida tendência de alta de curto prazo, que começou no início de janeiro desse ano.
A queda de abril colocou em dúvida tal tendência.
Para finalizar, para mim ficou muito claro que no curtíssimo prazo o movimento das bolsas americanas ditará os próximos caminhos por aqui.
Por lá, exceto a Nasdaq, as demais bolsas ainda não perderam o suporte. Repiques podem acontecer a qualquer momento, mas a perda poderá desencadear novos fundos.
Fique atento ao desempenho das bolsas na primeira semana de maio, pois será decisivo para as próximas semanas. É tempo de cautela.
Sell in May and Go Away. Será?
MJR
Confira a análise completa em vídeo no Youtube:
